“A mulher é o sexo forte”, “o mundo é das mulheres”, “as mulheres são mais fortes que nós homens”, “as mulheres são muito melhores que nós”... Quem já não ouviu alguns homens dizendo isso? São os demagogos. Os interessados em que elas “babem” e fiquem a seus pés. São os mesmos que depois de as conquistarem, não telefonam, não curtem ficar a sós, não buscam a intimidade. A mulher não é melhor que o homem. Nem ele é melhor que ela... São diferentes!
A busca pela igualdade é uma grande falácia. Quem quer ser igual? É na diferença que somos especiais, que somos complementares. As faltas de um são os pontos fortes do outro e essa maravilhosa interdependência é que nos faz felizes, inteiros.
Ela está uma “pilha de nervos” por causa da pressão no trabalho e se derrete chorando no colo dele? Não há homem no mundo que não se sinta especial, amado, forte e feliz por oferecer segurança e apoio nessa hora. Ele a ouve, acolhe e compreende seu choro. Ela se sente fortalecida, amada e compreendida nesse momento.
Ele está irritado, agressivo e com vontade de chutar o balde, de pedir demissão porque foi criticado pelo seu chefe? Ao lado da mulher, ele grita enraivecido por causa das injustiças que lhe fizeram. Ela, carinhosa, lhe diz que sua inteligência não está sendo aproveitada e que sua competência não é reconhecida e que vai chegar a hora do sucesso. Ele se acalma. Não há homem no mundo que não se sinta “o cara” por ter uma mulher assim. Não há mulher no mundo que não se sinta importante nessa hora.
Nossas diferenças nos fazem interdependentes, nos fazem completos, realizados e felizes. É mil vezes melhor uma mulher dizendo: “não se preocupe amor, estou com você” do que dizendo: “ô cara, bola pra frente! Mostre sua garra, não deixe que pisem você”. É preferível que ela compartilhe seu choro, abrace seu parceiro e lhe peça apoio do que se sacrifique para “ser igual” dando uma de “poderosa”, enquanto chora escondida numa espécie de solidão silenciosa.
Melhor andar de mãos dadas. Somos diferentes, complementares. E como é maravilhoso podermos ser nós mesmos... nada mais, nada menos.
(Revista Viver Curitiba. Janeiro/2011)
MARCOS MEIER é mestre em Educação, psicólogo, escritor e palestrante. Seus textos encontram-se no site www.marcosmeier.com.br e seus livros no www.kapok.com.br.
2 comentários:
Vc está certíssimo Marcão: a beleza está na diferença! Abraço pra ti.
Eu sou feminista "de carteirinha". O que é diferente de femista! Eu sou a favor da igualdade mesmo dos sexos, não digo que mulheres são melhores que homens o contrário. E o meu objetivo lutando pra isso não é que ninguém se force a ser assim ou assado não! Não é que mulheres cheguem em caras ou trasem com infinitos só pra se gabar ou sente de perna aberta! Eu quero simplesmente que todo mundo possa ser quem realmente é sem nenhuma barreira da sociedade. E por mais que no geral existam mesmo características mais femininas e outras mais masculinas não quer dizer que não existam pessoas que não possam fugir desse padrão e que devem ser aceitas e bem tratadas da mesma forma! Você tratando esse assunto desse jeito você ataca uma causa que pode trazer o mesmo bem que vc diz que busca no final: podermos ser nós mesmos!
Eu mesma tenho características consideradas "masculinas" (quando solteira sou promíscua, pq me permito ser feliz e fazer o que tenho vontade) e tenho características "femininas" como me emocionar a ponto de chorar assistindo filmes. Só que quando sou promíscua, por exemplo, só pq isso não é muito aceito na sociedade, os caras com quem fico as vezes passam a me tratar pior ou deixam de ficar comigo mesmo estando bom só pq não podem gostar de uma garota assim ou coisa do genero!
Então não ataque a busca pelo poder de sermos iguais, de sermos o que quisermos! Está sendo incoerente na sua própria argumentação!
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