domingo, 5 de maio de 2013

Empresas emocionalmente inteligentes


Empresas emocionalmente inteligentes


Há empresas que poderiam crescer mais, mas não conseguem. Suas equipes são frágeis nas relações entre seus membros e por essa razão se auto boicotam.
           
Equipe “emocionalmente inteligente” é aquela em que seus membros sabem identificar, expressar e compreender suas próprias emoções e a dos outros e não misturam subjetividade com as metas da empresa, com os projetos a serem desenvolvidos.

A Inteligência emocional é muito importante nas empresas, porque uma empresa com pessoas emocionalmente inteligentes não perde tempo nem energia com competições internas, invejas, “puxadas de tapete”, fofocas ou climas negativos. Se uma equipe é composta por pessoas felizes, realizadas e com boa autoestima tem mais chance de cumprir prazos, criar, inovar, aumentar a qualidade dos produtos e processos, produzir e vender mais. Da mesma forma, se os líderes são emocionalmente maduros, ajudam a criar um clima de acolhimento, respeito e afeto, fazendo com que os colaboradores da empresa sintam vontade e alegria em participar e melhorar.

Um exemplo prático de empresa emocionalmente madura é quando um funcionário traz uma nova ideia para a chefia imediata. O chefe o elogia, leva a ideia para frente dando os créditos ao funcionário. Toda a equipe e a empresa recebem os frutos dessa atitude. Os colegas do funcionário o incentivam a continuar criando e sentem-se desafiados a criar também. Esse é o caminho que leva uma empresa a crescer e ser bem sucedida. Se os funcionários não fossem emocionalmente inteligentes, criticariam o colega chamando-o de “puxa-saco”, o chefe não levaria a ideia adiante ou, se a levasse, o faria sem dar o crédito ao funcionário. Este, por sua vez, ficaria chateado, brigaria com o chefe e todos receberiam a mensagem de que as coisas devem continuar sempre do jeito que estão para não haver prejuízos para ninguém. Triste, mas a maioria das empresas age assim. Nenhum projeto é levado adiante e tudo é feito sempre da mesma forma. Os mais antigos falam ao novo funcionário: “nem tente, aqui não valorizam novas ideias”.

Na vida pessoal, uma pessoa emocionalmente inteligente não se auto boicota. Não se prejudica por temer o novo ou desafios inéditos. Cria amizades e relacionamentos profundos, pois entende as emoções das outras pessoas. Evita magoar, mas quando magoa sabe pedir perdão. Não entra em fofocas, não guarda mágoa, rancor ou vontade de vingar-se de alguém. Enfim, sabe ser feliz.

Exemplos mais comuns de falta de inteligência emocional na empresa:

  • Fofocar ou ouvir fofocas. O ideal é dizer: “não quero ouvir isso, não nos diz respeito”.
  • Não elogiar. Um clima onde as pessoas não se elogiam, desestimula a criatividade.
  • Não aceitar elogios. Dizer “são teus olhos” é jogar fora o elogio dado com carinho. Aceite-o e agradeça! Afinal você mereceu.
  • Criticar pessoas ao invés de criticar os fatos. O ideal é dizer: “cara, ontem você não me ajudou” ao invés de criticar a pessoa dizendo: “cara, você é um folgado, não me ajudou ontem.”
  • Gritar com colegas ou subordinados. Isso é descontrole emocional.
  • Negatividade. Falar mal, reclamar constantemente, não acreditar nas pessoas, não ter esperança de crescimento ou de melhoria, evitar mudanças ou cultivar posturas oposicionistas.
  • Falta de pró-atividade. Um erro comum nas empresas que não crescem é quando um funcionário vê algo para ser feito, ou que está errado e simplesmente não faz nada, pois acredita não ser do seu setor nem de sua responsabilidade. O correto é agir imediatamente para atender bem ao cliente e à própria empresa. Depois, avisar a chefia imediata para que o responsável que deveria ter feito o que você fez saiba do ocorrido.

Dicas para exercitar a inteligência emocional:

O ideal é que cada pessoa aprenda a por em prática alguns comportamentos que podem tornar a vida mais leve:
  • Aprenda a observar as emoções de outras pessoas e converse com elas dando-lhes espaço para compartilhar.
  • Observe melhor as suas próprias emoções e fale mais sobre elas com alguém que tenha intimidade com você.
  • Perdoe quantas vezes for necessário, mas não insista em conviver com alguém que vive lhe machucando. Fuja das pessoas negativas que deixam você “pra baixo”.
  • Desenvolva uma postura mais favorável em relação às frustrações da vida. Pode chorar, pedir perdão, perdoar, mas reorganize-se, planeje como agir daqui pra frente e, largando o passado, aja positivamente.
  •  Acredite que você merece ser feliz e lute por isso.  Não se prenda às dores do passado nem cultive sentimentos de vingança pelas pessoas que já lhe traíram ou lhe machucaram na vida.
  • Dê mais tempo para que o prazer aconteça. Não corra atrás dele, corra atrás da realização, o prazer será consequência.
  • Tenha uma vida significativa para outras pessoas também, não apenas para você. Em outras palavras, envolva-se em projetos sociais, seja voluntário em alguma ONG ou dê mais tempo para tornar a vida de outras pessoas mais leve.
  • Troque DR por AP. Ou seja, pare de gastar tempo com “Discutir a Relação” e invista em “Acertar os Ponteiros”. Isso significa que você precisa decidir o que fazer daqui para frente em vez de investir toda sua energia tentando explicar (ou compreender) o passado.

 Palavra final:

Para terminar, creio que um bom “lema” para nossas vidas é:

“Invista tempo e energia para aprender a amar a si mesmo e a outras pessoas. Estar de bem com a vida e consigo mesmo torna todo o clima à sua volta mais positivo. Você, seus amigos, sua família e sua empresa saem ganhando.”

Autor: Marcos Meier


Escritor, psicólogo, mestre em educação e palestrante nacional nas áreas de relacionamento, criação de filhos e formação de professores. Um dos maiores especialistas brasileiros na teoria da Modificabilidade Estrutural Cognitiva do educador israelense Reuven Feuerstein, ou Teoria da Mediação da Aprendizagem. Autor de vários livros que estão disponíveis no site  www.kapok.com.br  Contatos pelo site: www.marcosmeier.com.br   

2 comentários:

Gisele Aparecida Nascimento disse...

Interessante, como uma leitura nos faz repensar em nossa atitudes diárias. Mudança já! Citarei seu pensamento nos meus cursos de oratória, claro com todas as referências, ok! Farei abertura das aulas com esta reflexão. Muito obrigada por sua contribuição! Professora Gisele Aparecida Nascimento.

Gisele Aparecida Nascimento disse...
Este comentário foi removido pelo autor.